Sunday, 24 April 2016

As ilusões e as fantasias do Plano Nacional da Reformas

Mário Centeno, ministro das Finanças e António Costa, 
sempre na galhofa, 
nas "fantasias e ilusões que vendem aos portugueses.

“Se podemos caracterizar uma estratégia ao Governo e à maioria 
é que estão numa fuga em frente, sem olhar para a realidade, 
aumentando dramaticamente os riscos 
a que vão sujeitar toda a sociedade portuguesa”, 
afirmou este sábado o presidente do PSD em Santarém

O presidente do PSD criticou este sábado o Governo 
pela ausência de estratégia a médio prazo no Plano Nacional de Reforma (PNR) 
apresentado esta semana para o período até 2020, 
afirmando que o “vazio” oferecido ao país “não é tolerável”.

“No PNR vemos muitas medidas, muitas das quais merecem a nossa concordância, 
mas não vemos uma estratégia para os próximos anos. 
Não é certamente ser mais próspero, ter melhores escolas, 
melhores estradas, melhores vias férreas, melhores equipamentos. 
Ter bons equipamentos não é uma estratégia”, 
afirmou Pedro Passos Coelho, 
no encerramento das primeiras Conferências da Liberdade, 
organizadas pela concelhia social-democrata de Santarém.

Para o líder social-democrata, 
esperava-se que as perspectivas de médio prazo 
apresentadas pelo Governo liderado pelo socialista António Costa 
“traduzissem uma estratégia clara”, 
que “aponte as causas dos problemas e dos estrangulamentos” 
e que “traduza uma vontade de fazer desenvolver o país 
nos próximos anos num determinado sentido”.

Passos Coelho reafirmou o seu ponto de vista, 
de que a economia só poderá crescer se o país for capaz de atrair investimento externo, 
admitindo que possa haver quem pense que é possível pagar dívida 
e gerar emprego com uma economia “mais estatizada, mais pública”.

“Podemos discutir, mas é preciso saber qual é a proposta 
e a estratégia que se nos oferece”, disse, 
considerando que o “vazio que foi oferecido 
quer com o Programa Nacional de Reformas 
quer com o Programa de Estabilidade não é tolerável”.

O programa de estabilidade é, no seu entender, 
“uma mistificação que ignora totalmente as condições reais de que partimos”. 
“Se podemos caracterizar uma estratégia ao Governo 
e à maioria é de que estão numa fuga em frente, 
sem olhar para a realidade, aumentando dramaticamente os riscos 
a que vão sujeitar toda a sociedade portuguesa, 
talvez na esperança de que alguma coisa muita errada que possa acontecer 
em todo o espaço europeu venha criar uma solução 
que o Governo não é capaz de propor por si próprio para Portugal”.

Para Passos Coelho, este é “um caminho perigoso”, 
que corresponde a “uma cegueira que já foi seguida no passado, 
mas que hoje não tem desculpa para ser repetida”. 
“Aquilo que nos é proposto é que façamos de conta 
que não temos o legado que temos, 
que os dados observados no último trimestre de 2015 não existiram, 
que os dados que estão projectados nas previsões 
que reflectem não é apenas optimismo, 
é um excesso de optimismo, 
impossível de ser cumprido 
ao longo do tempo que nos resta este ano”, afirmou.

Passos Coelho classificou de “fantasia” a promessa de redução da despesa 
com a existência de menos funcionários públicos 
ao mesmo tempo que se anuncia a contratação de mais médicos, 
mais enfermeiros, mais funcionários judiciais. 
“Nada desta fantasia tem aderência à realidade”, declarou.

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