Monday, 11 April 2011

Sem Paciência pelos meninos mimados de Portugal

O ministro holandês das Finanças
avisa as forças políticas portuguesas que,
depois das legislativas,
Portugal terá de cumprir
as medidas de austeridade
que forem acordadas com a União Europeia e o FMI.
Caso contrário, adverte,
a assistência financeira será abortada.

Numa entrevista a publicar amanhã no diário alemão Handelsblatt
divulgada em comunicado citado esta tarde pela agência AFP,
Jan Kees de Jager diz que
se o país “não cumprir o programa previsto
[a negociar entretanto],
então as ajudas a Portugal terminarão imediatamente”.

Jan Kees de Jager,
ministro próximo das posições da chanceler alemã, Angela Merkel,
diz que Portugal demorou demasiado tempo
a tirar as consequências da crise da dívida soberana.

Os responsáveis europeus começam a dar sinais de impaciência
com o desacordo público entre o governo,
a oposição e o Presidente da República
sobre o programa de assistência financeira a Portugal,
frisando que só haverá ajuda
em troca de um entendimento completo
e sólido a este respeito entre os principais partidos políticos.

"Quanto maior for o desentendimento [em Portugal] ,
mais rigorosos seremos na exigência de um compromisso firme
entre os diferentes partidos para a aplicação rigorosa do programa"
de ajustamento económico, resumiu um diplomata europeu
no final de uma reunião de dois dias dos ministros das finanças da União Europeia (UE),
em Gödöllö, que procedeu à primeira avaliação
do pedido de ajuda do Governo.

A ajuda "ainda pode descarrilar",
avisou um dos participantes na reunião mediante anonimato,
expressando alguma surpresa pelo facto de os responsáveis nacionais
se disputarem na praça pública
quando ainda não está nada garantido.
Esta mensagem ficou, aliás,
expressa de forma implícita na recusa de vários ministros
de se comprometerem de antemão com o montante
de 80 mil milhões de euros que,
segundo as primeiras estimativas avançadas
pela Comissão Europeia na sexta-feira, ~
poderá corresponder às necessidades de Portugal a três anos.
"Não costumo assinar um cheque antes de ver a conta",
resumiu a ministra francesa, Christine Lagarde.

Teixeira dos Santos,
causou alguma surpresa entre os seus pares
ao afirmar que o governo não vai negociar
qualquer acordo com a oposição,
remetendo essa responsabilidade para a missão conjunta
da Comissão Europeia,
Banco Central Europeu (BCE) e FMI
que vai começar a negociar na próxima semana
o programa de assistência a Portugal.

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