
O ministro holandês das Finanças 
avisa as forças políticas portuguesas que, 
depois das legislativas, 
Portugal terá de cumprir 
as medidas de austeridade 
que forem acordadas com a União Europeia e o FMI. 
Caso contrário, adverte, 
a assistência financeira será abortada.
Numa entrevista a publicar amanhã no diário alemão Handelsblatt 
divulgada em comunicado citado esta tarde pela agência AFP, 
Jan Kees de Jager diz que 
se o país “não cumprir o programa previsto 
[a negociar entretanto], 
então as ajudas a Portugal terminarão imediatamente”.
Jan Kees de Jager,
ministro próximo das posições da chanceler alemã, Angela Merkel, 
diz que Portugal demorou demasiado tempo 
a tirar as consequências da crise da dívida soberana.
Os responsáveis europeus começam a dar sinais de impaciência 
com o desacordo público entre o governo, 
a oposição e o Presidente da República 
sobre o programa de assistência financeira a Portugal, 
frisando que só haverá ajuda 
em troca de um entendimento completo 
e sólido a este respeito entre os principais partidos políticos.
"Quanto maior for o desentendimento [em Portugal] , 
mais rigorosos seremos na exigência de um compromisso firme 
entre os diferentes partidos para a aplicação rigorosa do programa" 
de ajustamento económico, resumiu um diplomata europeu 
no final de uma reunião de dois dias dos ministros das finanças da União Europeia (UE), 
em Gödöllö, que procedeu à primeira avaliação 
do pedido de ajuda do Governo.
A ajuda "ainda pode descarrilar", 
avisou um dos participantes na reunião mediante anonimato, 
expressando alguma surpresa pelo facto de os responsáveis nacionais 
se disputarem na praça pública 
quando ainda não está nada garantido. 
Esta mensagem ficou, aliás, 
expressa de forma implícita na recusa de vários ministros 
de se comprometerem de antemão com o montante 
de 80 mil milhões de euros que, 
segundo as primeiras estimativas avançadas 
pela Comissão Europeia na sexta-feira, ~
poderá corresponder às necessidades de Portugal a três anos.
"Não costumo assinar um cheque antes de ver a conta", 
resumiu a ministra francesa, Christine Lagarde.
Teixeira dos Santos, 
causou alguma surpresa entre os seus pares 
ao afirmar que o governo não vai negociar 
qualquer acordo com a oposição, 
remetendo essa responsabilidade para a missão conjunta 
da Comissão Europeia, 
Banco Central Europeu (BCE) e FMI 
que vai começar a negociar na próxima semana 
o programa de assistência a Portugal.
 
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