Saturday, 26 March 2011

"Temos um caminho das pedras para percorrer como povo" - Miguel Macedo


«Sócrates não mete medo nenhum» - Miguel Macedo
Por Redacção

O líder parlamentar do PSD alertou, este sábado, o ainda primeiro-ministro e secretário-geral do PS, José Sócrates, que o seu partido «não se vai deixar intimidar com a sua famosa má disposição» na campanha eleitoral que se aproxima.

«Por muito zangado que fique o primeiro-ministro, por muito que franza o sobrolho, pensando que nos mete medo, não mete medo nenhum, vai ter que ouvir o que quer e o que não quer ouvir. E tudo o que dissermos ao primeiro-ministro, é pouco para o que ele fez ao país», afirmou Miguel Macedo num encontro com militantes do PSD em Tondela, Viseu.

O líder da bancada «laranja» defendeu, também, que é preciso «dizer a verdade aos portugueses», mas com «o mínimo de preocupação pela forma» como é dita: «Temos o caminho das pedras para percorrer como povo, vamos fazê-lo com a grandeza do povo que somos, mas não vamos esquecer quem nos conduziu a esta situação. É preciso falar verdade para vencer o desafio que temos pela frente».

«Vamos ter uma luta terrível pela frente, vamos ganhar, mas vamos passar muito», salientou Macedo, acrescentando que o PSD não irá para a campanha «encolhido», pois «se há alguém que tem de ir para a campanha com os olhos no chão são aqueles que conduziram o País à situação em que está».

«Se o primeiro-ministro pensa que intimida o PSD com a sua famosa má disposição, está enganado. E quero dizer-lhe que no PSD também há quem tenha muito má disposição, a começar por mim, e que já não temos paciência para aturar estas cenas que faz permanentemente ao país», acusou.

Miguel Macedo alertou, ainda, que quem «se atrever a fazer da próxima campanha eleitoral uma narrativa interminável de folclore, mentira e demagogia» não estará a ajudar Portugal. A próxima campanha, defendeu, será «decisiva para salvaguardar o essencial da credibilidade do sistema político em Portugal, que está muito afectado».

«A política [em Portugal] é cada vez menos feita com factos e cada vez mais alicerçada em fantasias, o realizador costuma ser o engenheiro José Sócrates, mas o que custa a crer é que ainda haja alguém que dê crédito a um filme já gasto e já perdido», concluiu.

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